terça-feira, 30 de outubro de 2012

DOENÇAS QUE NOS FAZEM AGIR COMO VAMPIROS


AVERSÃO A ALHO:
Conhecida como alliumfobia, é uma neurose que faz com que as pessoas se apavorem só de pensar no tempero. Seja uma cabeça de alho, um dente de alho ou uma pizza de alho, se confrontadas com o alimento, as pessoas que possuem essa doença irão sair correndo na outra direção, exatamente como um vampiro. A lenda de que vampiros são repelidos por alho surgiu na Romênia, onde a planta era usada para dar proteção. Também era uma lenda de que, se colocado na boca de mortos, o alho iria impedir que eles se tornassem vampiros.
MORDER:
A raiva, ou hidrofobia, é uma doença famosa que faz com que as pessoas se comportem como vampiros – ela, inclusive, causa o desejo de morder outras pessoas. Além de atacar o sistema nervoso, o vírus da raiva torna os doentes sensíveis a luz, então, como vampiros, eles podem querer ficar longe do Sol. A doença começou a ser chamada de raiva porque as pessoas que a contraem podem ficar agressivas e sofrer com alucinações. Mordidas de morcego são fontes em potencial para o vírus da raiva, o que sugere que o bicho ser associado aos vampiros não é mera coincidência.
AVERSÃO A ESPELHOS:
Vampiros ficam invisíveis na frente de um espelho, logo, fogem deles para que não sejam identificados. Mas há uma doença conhecida como Eisoptrofobia que faz com que pessoas ‘normais’ realmente evitem espelhos. Isso pode acontecer se a pessoa teve um evento traumático envolvendo espelhos na sua vida, se cortou-se em um quando criança ou algo do tipo. Como pessoas com raiva também tem aversão a espelhos, já que não suportam a luz que é refletida deles, suspeita-se de que o envolvimento entre “vampiros” e espelhos tenha surgido por causa de uma epidemia de raiva na Europa, em meados de 1700.
SEDE DE SANGUE:


Em 1985 um cientista afirmou ter descoberto os vampiros verdadeiros – pessoas com um problema no sangue, que seria genético chamado de porphyria hemofílica. Pessoas com porphyria possuiriam o desejo genuíno de beber sangue para aliviar sintomas da doença, já que ela acaba com os glóbulos vermelhos no sangue do paciente. Essa vontade, na verdade, foi desmistificada por outros estudos relacionados a doença que revelaram que quem sofre com ela fica com bolhas na pele após exposição de alguns minutos ao sol e sua urina pode vir acompanhada de sangue. O último sintoma pode explicar a crença de que quem tem a doença bebe sangue, enquanto o primeiro reforça a teoria de que eles seriam vampiros.
“CONTE” DRÁCULA:
Há uma obsessão por contar as coisas chamada de aritmomania que, pode parecer estranho, tem muita ligação com os mitos sobre vampiros. Durante séculos, acreditou-se que o que faz os vampiros se afastarem de alho e de cruzes é a matemática. Para deter um vampiro também poderíamos jogar um punhado de arroz na direção dele que ele só continuaria sua perseguição após contar todos os grãos. Durante a idade média, era costume jogar arroz no caixão de parentes para que, se um vampiro aparecesse, ele ficasse tão distraído contando que não morderia o defunto.
DENTÕES:


Displasia ectodermal hipohidrótica é um distúrbio genético que afeta o desenvolvimento dental. Ele causa o crescimento anormal dos dentes em idade adulta e, em muitos casos, o paciente apresenta apenas os caninos e nenhum outro dente. A maioria dos contos sobre vampiros os descreve como criaturas com presas retráteis.
MEDO DO SOL:
Ao contrário dos vampiros de Crepúsculo, que só brilham, a maior parte dos vamps que ‘conhecemos’ morre de medo do sol porque ficam vulneráveis e queimam sob sua luz. Uma doença genética extremamente rara, conhecida como pigmentose xeroderma, ou XP, faz com que seja impossível a pele se recuperar de danos causados por raios ultravioleta. Pessoas com XP desenvolvem queimaduras sérias ficando por pouquíssimo tempo expostas ao sol, e são conhecidas por se isolarem em suas casas para sair apenas à noite. Parece um hábito conhecido? [LiveScience]

HIPERTRICOSE - A DOENÇA DO LOBISOMEM


 A Hipertricose é uma anomalia bastante estranha. As pessoas que sofrem com essa doença ficam completamente cobertas por um longa lanugem (cabelo), com excessão das palmas das mãos e dos pés. O comprimento destes pêlos pode chegar a 25 centímetros. Uau!!!!!
A lanugem é um cabelo fino (como se fosse uma penugem) que aparece nos recém nascidos e que desaparece normalmente pouco antes do nascimento, alguns bebês até nascem com um pouco de lanugem e isso é normal! Mas pessoas com hipertricose não perdem essa pelugem e ainda podem desenvolve-la e se tornarem com a incrível aparência de “lobisonem”. Nesta doença os folículos capilares previamente normais de todos os tipos revertem a produção de pêlos com características de lanugem. Pêlo fino e felpudo cresce sobre grande área do corpo, repondo pêlo normal e veloso primário e secundário.

Na Hipertricose congênita, temos nada mais que 50 casos registrados. Neste caso, ainda durante a gravidez, o feto é coberto com a lanugem que deveria cair durante o oitavo mês de gestação, mas continua a crescer. Os pêlos ficam escuros e permanecem após o nascimento. Ainda não se sabe ao certo as causas, porém acredita-se que seja uma condição genética, considerada hereditária ou então pode acontecer apenas devido à uma mutação de genes. Na Hipertricose Adquirida, o crescimento de pêlos se dá após o nascimento desencadeado geralmente por problemas relacionados ao cancer.
Hipertricose é uma condição que realmente não tem uma cura. Os tratamentos incluem apenas técnicas de depilação avançadas com utilização de laser e eletrólise dos fios, porém nenhuma dessas técnicas são realmente satisfatórias.


Savita, de 23 anos, Monisha, de 18 e Savitri de 16 são três irmãs indianas que sofrem de uma doença rara denominada Síndrome do Homem Lobo (Hipertricose). As jovens têm a cara e o corpo cobertos de cabelo.
Só uma em cada mil milhões de pessoas sofrem de Síndrome do Homem Lobo (Hipertricose) e há apenas cem casos documentados a nível mundial. Mas três irmãs da aldeia de Sangli, no Estado de Bangalore, na Índia, vivem um sofrimento constante, marginalizadas e fechadas em casa com medo de serem atacadas pelos vizinhos.
Ao todo são seis irmãs, mas só Savita, Monisha e Savitri herdaram a doença rara do pai, que é causada por uma mutação genética.
Segundo o "Huffington Post", as três irmãs começaram a utilizar um creme depilatório para tentar "travar" o crescimento acelerado do cabelo e estão a ter algum êxito, apesar de ser uma batalha diária, sem tréguas. Se um dia não aplicam o creme o cabelo volta a cobrir a cara e o corpo.
O creme depilatório foi criado especificamente por uma equipa médica para as irmãs de Sangli através dos esforços de uma organização sem fins lucrativos, segundo o site "Weird Asia News".

REINO ANIMALIA - SEGUNDO ANO



Caracterização
Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, enquanto outras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos, chamados genericamente de animais, possuem características comuns:
  • São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro, diferentegrego trophé = nutrição). Suas células não possuem parede celular.
  • Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos.
  • A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem são aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.
  • A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a estímulos.
  • A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas).
Os animais dos filos citados na tabela 1 não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo possuem, durante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético), fendas branquias (perfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da formação do sistema nervoso). O filo dos cordados divide-se em 4 subfilos, dos quais veremos apenas o subfilo dos Vertebrados (tabela 2).

Tabela 1: Os invertebrados


Filo 
Classes 
Representantes 
Características 
1. Poríferos 
Calcários 
Hexactinélidas 
Demospôngias 
Esponjas calcárias 
Esponjas de vidro 
Esponjas de banho 
Aquáticos 
Apresentam pontos na parede do corpo. Embora pluricelulares, não formam tecidos 
2. Celenterados 
Hidrozoários 
Cifozoários 
Astozoários 
Hidra e obélia 
Águas-vivas 
Corais e anêmonas 
Aquáticos, formam tecidos, mas não formam órgãos. 
Possuem cnidoblastos 
3. Platelmintos 
Turbelários 
Trematódeos 
Cestóides 
Planária 
Esquistossomo 
Cestóideo 
Vermes de corpo achatado dorsoventralmente. De vida livre e parasitas 
4. Nematoda 
Nematódeos 
Lombriga, ancilóstomo 
Vermes de corpo cilíndrico. De vida livre e parasitas 
5. Anelídeos 
Oligoquetos 
Poliquetos 
Hirudíneos 
Minhocas 
Nereis 
Sanguessugas 
Vermes anelados. Vida livre em solos úmidos, água doce ou salgada. 
6. Artrópodos 
Insetos 
Moscas, barbeiros, borboletas 
Corpo com cabeça, tórax e abdômen. Um par de antenas e três pares de patas. 
Crustáceos 
Camarões, siris, caranguejos 
Corpo com cefalotórax e abdômen. Dois pares de antenas e vários pares de patas. Maioria marinho 
Aracnídeos 
Aranhas, escorpiões e carrapatos 
Corpo com cefalotórax e abdômen. Não possuem antenas. Quatro pares de patas 
Quilópodos 
Centopéias e lacraias 
Anelados, um par de patas por anel e com um par de antenas. 
Diplópodos 
Piolho-de-cobra 
Anelados, com dois pares de patas por anel 
7. Moluscos 
Gastrópodos 
Pelecípodos 
Cefalópodos 
Caramujos 
Ostras e mariscos 
Lulas e polvos 
Animais de corpo mole, geralmente com concha calcária. Marinhos, de água doce e terrestre. 
8. Equinodermos 
Asteróides 
Ofiuróides 
Equinóides 
Holoturóides 
Crinóides 
Estrelas-do-mar 
Ofiúro 
Ouriço-do-mar 
Pepino-do-mar 
Lírio-do-mar 


Exclusivamente marinhos. Espinhos na superfície do corpo. Esqueleto interno formado por placas calcárias. 
Tabela 2: Os vertebrados


Subfilo 
Classes 
Representantes 
Características 
Vertebrados 
Peixes cartilaginosos 


 
Peixes ósseos 
Tubarão, cação, raia, quimera. 




 
Cavalo-marinho, bagre, dourado, cavalinha. 
Esqueleto cartilaginoso. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas 


 
Esqueleto ósseo. Pecilotérmicos. Marinhos e dulcículas. 
Anfíbios 
Sapos, rãs, pererecas. 
Na fase larval são aquáticos e, quando adultos, terrestres. Pecilotérmicos. 
Répteis 
Cobra, jacaré, tartaruga. 
Andar rastejante. Pecilotérmicos. Escamas ou placas córneas, adaptados ao ambiente terrestre. 
Aves 
Ema, pingüim, tuiuiú, canário. 
Capazes de voar. Dípedes. Homeotermos. Possuem bicos e penas. 
Mamíferos 
Baleia, golfinho, morcego, homem, cachorro, vaca. 
Tetrápodos. Possuem pêlos e glândulas mamárias. Homeotermos. 


Tendo em vista a extensão do Reino animal vamos abordar apenas os principais aspectos de cada filo ou subfilo.

CICLO DE VIDA - MITOSE E MEIOSE - PRIMEIRO ANO


Ciclo de vida

A meiose e a fecundação são processos contrários que permitem a manutenção do número de cromossomos na espécie. A meiose reduz o número de cromossomos à metade, enquanto que a fecundação dobra o número de cromossomos.



Característica da meiose

- Uma duplicação cromossômica (na interfase anterior).
- Duas divisões celulares
- Uma célula diploide produz 4 células haploides.



Primeira divisão da Meiose






Prófase I 


Esta é a fase mais longa da meiose, onde ocorrem alguns fenômenos importantes, além dos eventos comuns à prófase da mitose.

A prófase I é dividida em subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.



Nessas fases ocorrem o pareamento de cromossomos homólogos e, entre eles, pode haver a troca de genes entre cromátides de cromossomos homólogos. Esse fenômeno é chamado de crossing over ou permutação.

O quiasma é evidência de que os “pedaços” estão sendo trocados no crossing over.
Figura adaptada de: http://geneticslab.wikispaces.com/Recombination 


Fenômenos comuns à mitose:

- Centríolos se afastam formando o fuso de divisão ou fuso mitótico.
- Condensação cromossômica (a cromatina se espiraliza e os cromossomos ficam visíveis ao microscópio comum). Pode ocorrer troca de material genético entre cromátides homólogas, fenômeno chamado crossing over ou permutação.
- Degeneração do nucléolo e da membrana nuclear.
Os cromossomos prendem-se ao fuso mitótico.



Metáfase I 

- Máxima condensação cromossômica.
- Os pares de cromossomos homólogos prendem-se ao fuso na região equatorial da célula, sendo cada cromossomo se prende apenas a um dos lados do fuso.

Anáfase I 
- Separação de cromossomos homólogos. Cada cromossomo do par de homólogos se prende a lados opostos do fuso, o encurtamento das fibras cromossômicas separam os cromossomos homólogos.

Telófase I

Varia com a espécie. Algumas espécies não completam a telófase I e vão diretamente para a Meiose II. Outras espécies completam a telófase I e inclusive pode haver um período de “repouso” entre as divisões, chamado de intercinese.

-Descondensação cromossômica (cromossomos se transformam em cromatina),
-Reconstituição da membrana nuclear e do nucléolo.
-Degeneração das fibras do fuso.


Citocinese: divisão do citoplasma e formação de duas células filhas que passam para a segunda divisão da meiose

Segunda Divisão da Meiose




  
 Os eventos da segunda divisão da meiose são semelhantes aos que ocorrem na mitose, mas aqui as células estão com a metade dos cromossomos das células somáticas da espécie.

Prófase II 

- Centríolos se afastam formando o fuso de divisão ou fuso mitótico.
- Condensação cromossômica (a cromatina se espiraliza e os cromossomos ficam visíveis ao microscópio comum).
- Degeneração do nucléolo e da membrana nuclear.
Os cromossomos prendem-se ao fuso mitótico.

Metáfase II 


- Máxima condensação cromossômica.
-Cromossomos presos ao fuso na região equatorial da célula.
-Duplicação do centrômero.

Anáfase II

- Separação das cromátides pelo encurtamento das fibras cromossômicas do fuso.

Telófase II

-Descondensação cromossômica (cromossomos se transformam em cromatina),
-Reconstituição da membrana nuclear e do nucléolo.
-Degeneração das fibras do fuso.
Citocinese: divisão do citoplasma com produção final de quatro células haploides



Variabilidade genética na meiose.

Além do crossing over, a separação dos pares de cromossomos homólogos é um fator 
importante de variabilidade genética porque permite inúmeras combinações diferentes.


Observe que na figura existem quatro possibilidades de separação entre os cromossomos homólogos, mas como o crossing over pode ocorrer de várias formas diferentes, existem muitas outras possibilidades

Comparação entre mitose e meiose 



Diferenças entre Mitose e Meiose